terça-feira, 20 de julho de 2010

No campo do bem-querer


Sabe ontem quando eu me despedi de você?

Parecia o último encontro de Ilsa e Rick.

Eu que não acredito em amores impossíveis.

Você não conhece Rick loves Ilsa?

Casablanca? Tão famoso...

Vadiava um vento meio sem rumo.

E eu não me sentia tão culpada como antes de chegar.

Porque a culpa faz parte da coisa e você bem sabe.

Eu gostava de estar ali,

Com você, escutando você

E seus abraços me fazendo bem..

E eu pensando sempre,

Eu preciso encontrar alguém

Alguém sempre meu

Que tenha esse olhar teu

Eu te disse que pensei em você o dia todo?

Disse, e você gostou

Gostou como gostou de eu estar te desvendando

Gostou de saber que eu sei de você

É como chegar ao íntimo

Mais tão íntimo como se já fôssemos um

De tão igual que somos

Somos uma par.

Sabe ontem quando eu me despedi de você

Senti um frio na alma

Duma noite qualquer fria

E eu senti uma saudade muito grande

De um bem querer tão bonito e tão limpo

Que parecia filho embalado.


PS: Criador de um estilo inconfundível, aclamado como “o olho do século 20”, Henri Cartier-Bresson (1908-2004) deixou sua marca como um dos mais representativos fotógrafos humanistas da história pela forma como conseguiu mostrar enfaticamente a beleza dos gestos mais simples do homem, ao captar cenas de flagrantes pelas ruas do mundo.

Ps2: “Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz. É organizar rigorosamente as formas visuais percebidas para expressar o seu significado. É pôr numa mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”. Esta frase define como o fotógrafo percebia a vida através do visor.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Diz ao menos o que foi, que se eu faltei em te explicar, diz que a gente sempre foi um paaar"
Um Par-Los Hermanos. Ouça!