sábado, 31 de janeiro de 2009

O vazio e o pleno


Ando inquieta. Digo, inquietude é uma permanência nos ultimos tempos. A persistência confusa da minha subjetividade, ata-me, fere-me, encanta-me, seduz-me.
Em tempos de inquietude eu escrevo. Entrego-me a isso intensamente e vivo na mais perfeita bem aventurança de ser capaz de possuir a existência total do universo. Surreal.
Mas senhores, não queiram mais saber de nada. Não quero mais dizer nada. Não digo. É segredo.
Que tola sou, estendi-me sobremaneira no preâmbulo. E desde já, aqui jaz o preâmbulo que viveu o instante de preceder o que seria dito, levou a inspiração da autora e deixou saudades das demais partes do texto que não foi escrito.
Perdoem-me senhores a ausência da ternura.


PS: Vermelho de Eduard Munch.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Céu verde com brilho de sol




No chão do meu quarto, perdida entre nuvens de livros, meu céu é verde. Verde prata, verde dourado. Nuvem no céu verde é branca de nuvem. Eita, é não, é branca de céu de céu azul no meu céu verde de figueira. Pronto é isso. Só sei que é lindo de se ver. E é mais bonito quando o vento balança o meu céu verde e a luz do sol que eu não vejo faz arabescos louros na minha perna magra. A minha perna é magra. O meu céu é verde. No meu quarto tem luz. E a minha janela é banguela.



PS: Sol Poente de Tarsila do Amaral. Sua pintura é dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Embora não tenha participado da semana de 22 integra-se ao modernismo que surgia no Brasil trazendo grandes contribuições visto que na Europa teve contatos com os modernistas de lá.