quinta-feira, 7 de abril de 2011

Helano, meu bem


Contenha-se Helano, contenha-se! Explicar o mundo? Desvendar Proust? E Deus em átomos? (a propósito acordei de novo hoje pensando se Deus não existia mesmo). Explique-me antes seu último verso, confuso não, significados é de que preciso e que sem eles não poderei qualifica-lo. Explica-me benzinho tua limitação antes. É limite Helano. Há limites. E não me venha com a estapafúrdia explicação de que o limite está no corpo, não na mente. Tua capacidade já não explica tudo. Dorme queridinho. Amanhã tu terás de mim café com leite, pão de mel, língua, contato corporal, um cachorro barulhento (Ando com saudades de balbúrdia de cachorros desde que a minha morreu) e explicações a me dar. Que diabos significa seu último verso? E sim, finalizas amanhã as tuas últimas linhas do artigo, a revista esta quase pronta! O Florius me exigiu cobrar de ti! Porque és arredio, e só comigo és doce. Penso que o Florius seja o nosso limite. Como alcança-lo? Isso não desvendas não é seu metidinho de merda.

Um beijo doce,

Sua Laura.


PS: Queria morar numa dessas! Biblioteca de Sendai, destruída pelo tsuname de 2011, segundo alguns relatos a cidade está coberta por água.