sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mando-te um bilhetinho


Meu benzinho, eu ando cansada. Muito cansada. Queria você aqui do meu ladinho, deitado, fazendo cafuné no meu pé. Se te apetecer dá-me um beijo no lado esquerdo da boca pra ver se tu preenches a minha barroca mais funda. Eu ando tão cansada benzinho e o meu mundo anda tão confuso que eu só queria sentir era teu cheiro de maçã verde e eu ia direto pro paraíso. Sabe, tem dias que eu ando sem chão, sem pão e sem mão. O mundo perde o tanto da cor que tem no translúcido vidro de teus olhos que refletem raiozinhos multicoloridos. Eu só queria que você aguentasse eu cansada e calada. Sabe, benzinho, eu ando triste. De tristeza sem fundamento. De tristeza vazia. Tristeza distante só sendo. E há quem diga que não.


PS: James Whistler.

Um comentário:

Anônimo disse...

"É uma tristeza que vem e vai do nada. Que enlaça o coração da gente e deixa ele bem pequenininho."

Num sei, mas o que escrevi hoje lá no blog parece contigo.