segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Cartas a um velho amigo


Para Florius


O meu mundo não é igual ao dos outros, eu sei que você diz que o seu também não é... Mas o meu, meu bom amigo, é confuso demais; quero demais, exijo demais; eu tenho sede de vida, sede de infinito, sede de imensidão. Há uma angústia constante que eu não compreendo, sabes que na minha vida nada falta e o que falta sempre chega a mim de uma forma ou de outra, vê estou longe de ser pessimista; sou uma exagerada, exaltada, de alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que deseja o mundo de todas as formas e maneiras. E que tem saudades pequenas, que doem feito beliscão. Tem saudades e não sabe de quê.


PS: Saboriei e fiz bom proveito dos bolinhos que me enviastes, mas lhe imploro, não gaste tanto dinheiro comigo. sei que gostas de mim, mas o senhor não é rico. Apesar de tudo me levantei alegre.


tua amiga


Laura da Hora



PS: Frank Weston Benton.

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