Era uma mulher fascinante. Sedutora diziam uns, pérfida, diziam outros com absoluto desprezo. Mas numa coisa concordavam, a ela ninguém ficava indiferente. Eu não me agradava assim dela. Mais por despeito mesmo do que por simpatia. Lembro-me do dia, em que ela me olhou com aquele olhar petulante e arrogante, insinuou com uma ponta de perversidade que o Nino dificilmente olharia pra mim. Sabe o que é? É que você não é bonita.
Sempre que eu penso em Sofia Bianchi, recordo-me dela entre os meninos mais bonitos do colégio e os mais cobiçados, quase sempre os meninos que meninas come eu gostávamos. Acho que ela já partia o coração dos meninos cedo, lá pelo jardim da infância, e desde então, eles rejeitavam as meninas bobas e feias.
Eu de longe a analisava objetivamente aquele seu ar sonso vulnerável e as vezes queixoso e outras vezes indiferente, perguntava a mim mesma, que aura mágica a encobria? O que fazia dela assim, tão inesquecível? Porque era assim a Sofia Bianchi da quinta série.
Um comentário:
Sofia Bianchi. Esse nome é esnobe por natureza.
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