Meu benzinho, eu ando cansada. Muito cansada. Queria você aqui do meu ladinho, deitado, fazendo cafuné no meu pé. Se te apetecer dá-me um beijo no lado esquerdo da boca pra ver se tu preenches a minha barroca mais funda. Eu ando tão cansada benzinho e o meu mundo anda tão confuso que eu só queria sentir era teu cheiro de maçã verde e eu ia direto pro paraíso. Sabe, tem dias que eu ando sem chão, sem pão e sem mão. O mundo perde o tanto da cor que tem no translúcido vidro de teus olhos que refletem raiozinhos multicoloridos. Eu só queria que você aguentasse eu cansada e calada. Sabe, benzinho, eu ando triste. De tristeza sem fundamento. De tristeza vazia. Tristeza distante só sendo. E há quem diga que não.
PS: James Whistler.
Um comentário:
"É uma tristeza que vem e vai do nada. Que enlaça o coração da gente e deixa ele bem pequenininho."
Num sei, mas o que escrevi hoje lá no blog parece contigo.
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