Hoje na feira
Comprei abacate,
Um arranjo de gérbera,
E duas frutas cítricas.
Eu adormeci céu limpo
Estrela pura
Acordei em dias de chuva
Charada da minha esfinge, sente que sinto
Os dois acordares,
Digo-te pesadelo, choro
Volto a dormir,
Acordo-te sonho
Do primeiro já não era sonho,
Do segundo esqueci por inteiro.
Vou te escrever uma poesia, infame, insana,
Descrer o que já não creio em mim
Mas cala-te, ainda na tua noite recito um poema de amor com os olhos.
Hoje não foi dia de feira.
PS: Chagall, Cântico IV.
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