Eu lembrei de você
E a quantos anos não me recordo de ti com saudades
Hoje que te escrevo
Ela vem com cheiro de alecrim,
Gosto de café com leite e muito açucar,
Música chinfrim
Romance sem flor, sorriso e dor.
Meus olhos amanheceram verdes...
Você amava os meus olhos com a sinceridade que não me amava,
Lembro de você ainda dizendo
Ter que me amar
da noite até o amanhecer convulso,
Que era pra conhecer todas as nuances escondidas dos meus olhos verde-amendoados
Sob as variações da luz do dia.
Eu sorria...
Sabe,
Eu fiquei triste hoje, sei lá...
De uma tristeza longe
Sem dor, sem rancor...
Nunca vamos saber qual seria a cor dos olhos do nosso filho.
PS1: Woman with black cravat, Modigliani. O grande rival de Picasso só pintava os olhos quando conheciam a alma. Ele era aficcionava pela sinceridade dos olhos de sua modelo. Esse quadro representa a sua mulher Jeanne Modigliane, e ele só pintou seus olhos quando já conhecia a sua alma.
PS2: Não sei porque, de você só guardo as lembranças miudinhas.
PS2: Não sei porque, de você só guardo as lembranças miudinhas.
5 comentários:
A melancolia dos teus versos consegue deixá-los ainda mais bonitos. Adoro Modigliani!
Taci disse tudo!
gostei dessa de só pintar os olhos quando se conhece a alma, lindo.
Senti isso hoje... Olhei o blog certo na hora certa! ;)
Eu senti e escrevi, pro sentimento não morrer Dorinha!
Quem disse q a vida é feita somente dos grandes e valorosos sentimentos? Aqueles pequeninos, que ficam guardados no fundo da mesa de cabeceira, quase esquecidos... É sempre bom revisitar e tirar a poeira. Abraçar um pouco e guardar de novo!
Muito bom, Laura. Saudade de ler teus textos!
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