Nino, meu bem
A primavera chegou. Desde 1990 não perdes a chegada da primavera aqui em Bonança. O caminho cheio de flores, a vida calma e suave, há tanta poeticidade meu bem. As mães fortes carregando seus rebentos fortes em banhos de sol primaveris. O nosso pé de jasmim laranja anda tão florido, carregado de flores miudinhas e brancas. Tapete alvo, como tu gosta. As andorinhas passeiam no nosso terraço com tanta elegância como se fossem pequenos franceses, é tão lindo de ver.
Olha Nino tudo aqui me faz lembrar de ti. O cheiro de roupa limpa, que não sei porque sempre me remete a cheiro de lar feliz. O nosso lar é feliz! O guarda chuva quebrado atrás do armário (Você disse que já havia jogado fora!). NOsso estudo sobre Rembrant. Vê são tudo lembranças tuas Nino! Sabes que gosto desse cheiro de época distante que perpetua pelos cantos de nossa casa.
A tua carta última muito me lembrou aquele dia. Em que o sol amanheceu preguiçoso e clareou o dia devagarinho, descobrindo o escuro escondido da noite. E o céu era azul, bem azul, desses em que a gente chora. O pé de acácias do nosso quintal amanheceu douradinho, tapete era chão amarelo. O dia tava tão bonito! Enviado a rua 15, N: 10, Bonança, endereçado à nós. Não ria que eu não brinco, e nem me chames de piegas, sou romântica, Nino, romântica por ti.
Guardei tua carta esperada e tão amorosamente concebida na gaveta da cômoda onde antes estavam tuas meias. Nino, não sabes! Encontrei teu cachecol vermelho! Lembras que tu desejou levar ele pra lembrar das minhas mãos brancas e brandas brincando de tricotar? Tu ainda ficarias feliz de tê-los, não? Mas é com pesar e um tanto de aperto no coração que te digo, o Vidigal encheu de pélo e puxou alguns fios. Tu ainda o queres? Ainda assim, querendo ou não, remeto-o a ti, assim como uma caixinha de biscoito de polvilho que eu espero que o correio não sacoleje muito, ou então vais comer só o polvilho. Repara que não foram as minhas mãos amorosas que o fizeram, mas carregam toda a doçura de um beijo meu.
Fiquei ansiosa por tuas carta que não chegavam. Perdoa-me, mas duvidei do teu amor! Pensei que já não mais me amavas com devoção, pensei que faltava a ti a lembrança minha. Chama-me boba se quiseres, mas não sabia que o correio andava em greve. Pensei que tu e não o ele andava arisco.
Nino meu bem, são tantos os lugares que venho passando e e que tu ainda não conheces, mas estas presente na poesia do movimento, na leveza das folhas secas, no perfume das cores. Mas, sossega, meu bem, que as coisas belas guardo-as para ti quando regressares. Continuo o meu estudo sobre as bailarinas de Degas, embora tenho me apartado delas por um tempo porque me apaixonei por Klimt. Ainda não perdi a mania de te buscar em todos os cantos da casa, e de ainda fazer café pra dois, mas logo isso passa, quando eu me acostumar com tua ausência. Deixo-te um beijo carinhoso nas palavras que te escrevo e me despeço de ti.
Tua Laura,
Esta que sempre te ama.
PS: Valsa de Renoir.
Olha Nino tudo aqui me faz lembrar de ti. O cheiro de roupa limpa, que não sei porque sempre me remete a cheiro de lar feliz. O nosso lar é feliz! O guarda chuva quebrado atrás do armário (Você disse que já havia jogado fora!). NOsso estudo sobre Rembrant. Vê são tudo lembranças tuas Nino! Sabes que gosto desse cheiro de época distante que perpetua pelos cantos de nossa casa.
A tua carta última muito me lembrou aquele dia. Em que o sol amanheceu preguiçoso e clareou o dia devagarinho, descobrindo o escuro escondido da noite. E o céu era azul, bem azul, desses em que a gente chora. O pé de acácias do nosso quintal amanheceu douradinho, tapete era chão amarelo. O dia tava tão bonito! Enviado a rua 15, N: 10, Bonança, endereçado à nós. Não ria que eu não brinco, e nem me chames de piegas, sou romântica, Nino, romântica por ti.
Guardei tua carta esperada e tão amorosamente concebida na gaveta da cômoda onde antes estavam tuas meias. Nino, não sabes! Encontrei teu cachecol vermelho! Lembras que tu desejou levar ele pra lembrar das minhas mãos brancas e brandas brincando de tricotar? Tu ainda ficarias feliz de tê-los, não? Mas é com pesar e um tanto de aperto no coração que te digo, o Vidigal encheu de pélo e puxou alguns fios. Tu ainda o queres? Ainda assim, querendo ou não, remeto-o a ti, assim como uma caixinha de biscoito de polvilho que eu espero que o correio não sacoleje muito, ou então vais comer só o polvilho. Repara que não foram as minhas mãos amorosas que o fizeram, mas carregam toda a doçura de um beijo meu.
Fiquei ansiosa por tuas carta que não chegavam. Perdoa-me, mas duvidei do teu amor! Pensei que já não mais me amavas com devoção, pensei que faltava a ti a lembrança minha. Chama-me boba se quiseres, mas não sabia que o correio andava em greve. Pensei que tu e não o ele andava arisco.
Nino meu bem, são tantos os lugares que venho passando e e que tu ainda não conheces, mas estas presente na poesia do movimento, na leveza das folhas secas, no perfume das cores. Mas, sossega, meu bem, que as coisas belas guardo-as para ti quando regressares. Continuo o meu estudo sobre as bailarinas de Degas, embora tenho me apartado delas por um tempo porque me apaixonei por Klimt. Ainda não perdi a mania de te buscar em todos os cantos da casa, e de ainda fazer café pra dois, mas logo isso passa, quando eu me acostumar com tua ausência. Deixo-te um beijo carinhoso nas palavras que te escrevo e me despeço de ti.
Tua Laura,
Esta que sempre te ama.
PS: Valsa de Renoir.
3 comentários:
E para a felicidade geral da nação, Nino voltou *-*
uhuuuuu!!!!! Nino voltou
Nino is back! Hum, Amelie!
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