quinta-feira, 19 de março de 2009

O clube do peixe vivo.


Dou a vocês hoje, a saudável alegria de um canto convivial, e o gênero não é para se desdenhar! Goethe apreciava-o. O que tem isso com o clube do peixe vivo? Ora viva! Sob a presidência do Sr. Kubitschek, um cordial circuito de corações amigos da singela toada que é um canto convivial de mineiro:



Como pode o peixe vivo

Viver fora da água fria?

Como poderei viver

Sem a tua companhia?



Letra e toada são lindas! Num encontro em casa de um José Cláudio primo de Manuel Bandeira, Pedro Nava improvisou a sua quadrinha:



Nas areias de Loanda

Dirceu chora noite e dia

Desde que sentiu perdida

Tua doce companhia.



Vinícius de Morais secundou:



A minh’alma chorou tanto

Que de pranto está vazia

Desde que eu fiquei sozinho

Sem a tua companhia



Depois foi Bandeira:



Vi uma estrela tão alta!

Vi uma estrela tão fria!

Estrela, por que me deixas

Sem a tua companhia.



Eu obviamente entrei em transe e quis entrar para o clube e fiz a minha toadinha:



Eu vejo a figueira rumando as estrelas,

Sem na minha a tua mão vazia,

Sombra mansa aos netos do nosso amor

É a figueira sem a tua companhia.



Há quem leia e se desafie a fazer sua toada e lá vem mais um ao clube do peixe vivo.



PS: O Mamoeiro de Tarsila do Amaral.

2 comentários:

Márcio M Andrade disse...

Muito legal, Laura. Dá vontade de escrever! Bjos

Laís Amanda disse...

Que Lindo! Tu é artista mesmo né!? =)
Também fiz minha toada! Agora sou do Clube do peixe vivo!

Foste embora para longe
E a casa está vazia
Dói viver tantas lembranças
Sem a tua companhia

=*