Dou a vocês hoje, a saudável alegria de um canto convivial, e o gênero não é para se desdenhar! Goethe apreciava-o. O que tem isso com o clube do peixe vivo? Ora viva! Sob a presidência do Sr. Kubitschek, um cordial circuito de corações amigos da singela toada que é um canto convivial de mineiro:
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como poderei viver
Sem a tua companhia?
Letra e toada são lindas! Num encontro em casa de um José Cláudio primo de Manuel Bandeira, Pedro Nava improvisou a sua quadrinha:
Nas areias de Loanda
Dirceu chora noite e dia
Desde que sentiu perdida
Tua doce companhia.
Vinícius de Morais secundou:
A minh’alma chorou tanto
Que de pranto está vazia
Desde que eu fiquei sozinho
Sem a tua companhia
Depois foi Bandeira:
Vi uma estrela tão alta!
Vi uma estrela tão fria!
Estrela, por que me deixas
Sem a tua companhia.
Eu obviamente entrei em transe e quis entrar para o clube e fiz a minha toadinha:
Eu vejo a figueira rumando as estrelas,
Sem na minha a tua mão vazia,
Sombra mansa aos netos do nosso amor
É a figueira sem a tua companhia.
Há quem leia e se desafie a fazer sua toada e lá vem mais um ao clube do peixe vivo.
PS: O Mamoeiro de Tarsila do Amaral.
2 comentários:
Muito legal, Laura. Dá vontade de escrever! Bjos
Que Lindo! Tu é artista mesmo né!? =)
Também fiz minha toada! Agora sou do Clube do peixe vivo!
Foste embora para longe
E a casa está vazia
Dói viver tantas lembranças
Sem a tua companhia
=*
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